Os treinamentos vão simular um massivo e simultâneo ataque de mísseis contra Israel a partir das frentes sul e norte, segundo a emissora Channel 10.
Neste ano, as manobras começam em meio à escalada das tensões entre Tel Aviv e o movimento xiita libanês Hezbollah, que ameaçou lançar mísseis contra Israel caso este não pare de construir um muro na fronteira libanesa.
Entretanto, o ministro da Energia do Líbano, Cesar Abi Khalil, afirmou que seu país vai explorar petróleo e gás perto de sua fronteira marítima, área disputada também por Israel.
Discursando no Instituto de Estudos de Segurança Internacional da Universidade de Tel Aviv, o ministro da Defesa israelense, Avigdor Lieberman, afirmou que a decisão do Líbano de explorar campos de petróleo e gás em uma área disputada "é extremamente desafiadora e provocadora", segundo a Reuters.
"Devemos nos preparar para manobrar também no terreno" mesmo que essa possibilidade se revele desnecessária, disse o ministro, acrescentando que, no "pior dos casos", Israel implementaria uma operação "de força total".
A principal sugestão estratégica militar de Lieberman é "avançar o mais rápido possível".
"Israel atuará com dureza contra o Líbano", advertiu o ministro da Defesa, citado pelo Haaretz. Se os civis israelenses tiverem que ir para abrigos antiaéreos por causa dos mísseis libaneses, "todo Beirute ficará em abrigos", ameaçou.
As afirmações de Lieberman vêm em meio às preocupações quanto aos planos do grupo Hezbollah de se armar com mísseis de precisão. O ministro, porém, afirmou que não vê muita diferença entre o Hezbollah e o resto dos libaneses já que o movimento tem bastante influência na população.
"Eles são parte do Hezbollah e todos pagarão o preço completo" em caso de um ataque contra Israel a partir do território libanês.