Os primeiros rumores sobre a possível construção de uma "irmã da EEI" na órbita da Lua surgiram no outono de 2016, quando decorreu uma reunião fechada do Grupo Internacional para a Construção de Espaçonaves ISCWG.
Nesse âmbito, os representantes das cinco potências espaciais discutem os planos internacionais para exploração do espaço e o que irá empreender a humanidade após o fechamento da EEI em meados de 2020.
Estes relatos foram confirmados pelos representantes das agências Roscosmos e NASA em setembro do ano passado no Congresso Aeronáutico Internacional, onde estes anunciaram que seus países tinham acordado em começar a construir uma estação orbital lunar que, além de ajudar na exploração da Lua, servirá de "porta para o espaço distante".
A Rússia, representada pela Roscosmos, vai construir o elo-chave da estação, isto é, o módulo de eclusa, que será usado para sair ao espaço aberto e que portará grande quantidade de reservas para a primeira expedição. Este será lançado ou a bordo de uma das espaçonaves do projeto Orion, ou será lançado, mas sem reservas de gêneros, no novo foguete-portador russo Angara-5.
No final de fevereiro e no início de março, na NASA foi realizada a primeira reunião de cientistas, durante a qual os especialistas mais eminentes em diferentes áreas explicaram aos funcionários da entidade espacial que papel a DSG poderia desempenhar em suas pesquisas.
Estes debates, sublinha Bassi, fizeram a agência prestar mais atenção à parte científica da missão e considerar o uso da DSG como uma plataforma para estudo da superfície lunar e não apenas para experimentos orbitais, como se planejava inicialmente.
A respectiva trajetória do movimento da estação não apenas permitirá enviar facilmente missões para a superfície, mas também eliminará um dos maiores problemas dos Centros de Controle de Missões na Terra, pois nesta órbita a DSG quase nunca ficará "na sombra" e não perderá a conexão com a Terra.
Além dos experimentos lunares, as mesmas expedições e a própria estação podem ser usadas para realizar a vigilância de toda a Terra em geral. Ademais, parte dos novos telescópios poderá ser instalada em crateras lunares que nunca são atingidas por raios solares. O portal Space.com adianta que a Agência Espacial Europeia está elaborando planos semelhantes.