Ontem (18), logo após o acidente envolvendo caças israelenses, o líder russo solicitou que não comparem esta tragédia com o abate do caça Su-24 pelos militares turcos em novembro de 2015, que teve consequências graves nas relações bilaterais entre os dois países.
De acordo com Vladimir Putin, na época os pilotos turcos efetuaram o abate intencionalmente, enquanto que o acidente de anteontem "foi mais parecido com uma série de imprevistas consequências trágicas". Ao mesmo tempo, o presidente russo sublinhou que seu país reforçará as medidas de segurança na Síria e expressou condolências aos familiares das vítimas.
"As ações de Israel violam a soberania da República Árabe Síria, pois, sem permissão do governo deste país, os aviões israelenses efetuam ataques ao território sírio, inclusive a infraestruturas sem descartar até mesmo posições das Forças Armadas da Síria. Eles fazem isso se justificando que na região há certas formações consideradas terroristas", explica o especialista.
Na opinião dele, tais ações violam de forma violenta uma série de acordos internacionais, são inacessíveis do ponto de vista de quaisquer normas jurisdicionais e, o que é ainda mais importante, "impedem resolução da principal tarefa — eliminação real dos terroristas no território sírio".
"Ao invés de unir os esforços e esmagar os últimos redutos terroristas, através das suas ações, Israel causa danos não só à própria Síria, mas a toda a região e à política conduzida pela Rússia, Turquia e Irã na região em prol da eliminação do terrorismo", sublinhou.
O avião russo Il-20, a bordo do qual estavam 15 militares, foi derrubado por um míssil do complexo S-200 do exército sírio na noite da segunda-feira (17), matando todos os tripulantes. Segundo afirmou o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, a aeronave foi derrubada por mísseis sírios em resposta às ações da aviação israelense, que estava "se cobrindo" pelos aviões russos.