Um grupo de investigadores dos EUA e da Turquia indica que o fenômeno está ligado a dois corpos celestes que fazem parte do grupo de estrelas conhecido como Os Sete Magníficos.
Após realizar uma investigação, eles detectaram radiação infravermelha ao redor da estrela RX J0806.4-4123. A extensão dessa luz é de cerca de 200 unidades astronômicas, o que é duas vezes maior que a distância entre o Sol e Plutão.
Os cientistas destacaram que a mencionada radiação é muito mais intensa do que aquela que as estrelas de nêutrons podem gerar, e assim concluíram que a intensidade da luz se deve a algum fenômeno colateral.
De acordo com a primeira hipótese, a intensidade da luz se deve a um disco de poeira que se formou após uma explosão de supernova.
"A interação entre o disco e a estrela de nêutrons pode aquecer a última e parar sua rotação. Se a presença do disco for provada, isso vai mudar nossa percepção de como evoluem as estrelas de nêutrons", disse a coautora do estudo, Bettina Posselt.
De acordo com a segunda hipótese, o fenômeno está relacionado com uma nebulosa de vento de pulsar, o resto de uma supernova que é alimentado pela energia de rotação de uma estrela de nêutrons que emite radiação.
"Quando uma estrela de nêutrons se move através do espaço interestelar a velocidades supersônicas, […] pode ocorrer uma onda de choque. As partículas aceleradas recebem radiação síncrotron, após o que é formada a radiação infravermelha que vemos", explicou Posselt.
A radiação misteriosa não é a única coisa observada no espaço sem que os pesquisadores possam explicar sua origem. Entre outros fenômenos de origem desconhecida destacam-se as rápidas explosões de rádio, um fenômeno que causa controvérsias.