O resultado da pesquisa foi publicado em um artigo na revista Geology.
Resumindo o estudo liderado pelo especialista em geociências Tim Goudge, o portal Phys.org explica que, há bilhões de anos, a água fluía através da superfície marciana, formando rios que desaguavam em crateras e vastas depressões, dando origem a lagos e mares. Às vezes os lagos recebiam tanta água que transbordavam e causavam "inundações catastróficas", levando à formação rápida de cânions, provavelmente em questão de semanas.
Para chegar a essas conclusões, a equipe examinou fotos de alta resolução capturadas pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter, com foco em 24 paleolagos e seus cânions de saída. Os cientistas descobriram uma correlação entre o tamanho do cânion e o volume de água que seria liberado durante uma grande inundação. Se o cânion tivesse sido esculpido gradualmente ao longo do tempo, provavelmente essa relação não se manteria, afirma o estudo.
Segundo Goudge, essas descobertas sugerem que uma série de processos geológicos catastróficos podem ter desempenhado um papel importante na formação da paisagem de Marte e de outros planetas.