O fato está gerando questionamentos sobre a empresa, que pode não estar pronta para suprir as necessidades ou produção em grandes quantidades.
Um "pedido de ação corretiva" da Agência de Gestão de Contratos da Defesa é mantido contra a produtora. O pedido cita o descumprimento do prazo de entrega de seu lote de motores para o caça norte-americano, inclusive para caças com a capacidade de realizar decolagens e pousos verticais, que é utilizado pelo Reino Unido.
Com o atraso, a produtora norte-americana está na mira não apenas do Pentágono, como também dos compradores internacionais, acionistas e investidores que avaliam a fusão da United Technologies com a Raytheon Co, que poderia fortalecer a empresa.
A Pratt & Whitney é a única fornecedora de motores para o caça F-35 e deve entregar as melhorias prometidas para resolver os problemas que originaram o pedido formal da agência em dezembro, afirma o porta-voz Mark Woodbury.
O Pentágono indica que os gastos com motores do caça F-35 deve se aproximar dos US$ 2 bilhões (R$ 7,7 bilhões) anuais para a Pratt & Whitney, segundo o analista de inteligência Douglas Rothacker informou à Bloomberg.
Por sua vez, o porta-voz da produtora, John Thomas, garante que ela está seriamente envolvida na produção das unidades direcionadas a caças F-35.
O presidente da Pratt & Whitney, Bob Leduc, afirmou que, atualmente, a empresa está fabricando entre13 e 14 motores por mês.
Entretanto, mesmo que a empresa fabrique 16 motores mensalmente, isso significaria que o fornecimento ocorreria apenas daqui a 30 anos.
O atraso relacionado a motores estaria ligado às falhas nos testes devido às altas vibrações e detritos de objetos, aponta a agência em uma avaliação trimestral.
Com isso, a agência acredita que a Pratt & Whitney encontrará grandes dificuldades em cumprir a demanda de contrato de produção de motores para caças F-35.