"O Pentágono vê o espaço como um potencial teatro de operações militares e exige manter total liberdade de manobras nesta área, na qual os EUA se recusam a negociar um esboço do tratado russo-chinês para impedir o uso de armas no espaço, bem como para criar um quadro jurídico internacional que limita as suas possibilidades de utilização do espaço para fins militares", declarou o militar diante da Câmara Baixa do Parlamento russo.
Ele também afirmou que o número de ogivas que os EUA têm sob o Tratado de Redução de Armas Estratégicas (START III) é comparável ao potencial nuclear conjunto do Reino Unido e da França.
O militar ressaltou que os EUA, em contraste com a Rússia, não cumprem seus compromissos derivados do tratado, em particular no que diz respeito ao reequipamento de uma parte dos bombardeiros pesados e dos lançadores estratégicos de mísseis.
"De fato, os Estados Unidos têm mais ogivas de armas nucleares do que o acordo permite, o que é comparável ao potencial nuclear combinado do Reino Unido e da França", comentou.
O novo Tratado START, também conhecido como START III, foi assinado pela Rússia e pelos EUA em 2010 e entrou em vigor em 2011 por um período de 10 anos, prorrogável por cinco outros.
Com o acordo, os EUA e a Rússia se comprometeram a reduzir seus arsenais para 700 mísseis, 1.550 ogivas nucleares e 800 veículos correspondentes, posicionados e em reserva, até 5 de fevereiro de 2018.
As conversações russo-americanas para estender o tratado estagnaram devido a dúvidas recíprocas sobre o desenvolvimento de novas armas.