A declaração do presidente francês surge logo após os países-membros do G7 se reunirem para tratar de questões ambientais no domingo (25). Os chefes de Estado presentes na cúpula do G7 discutiram formas de como ajudar o Brasil e outros países a combater as queimadas.
Segundo o anúncio de Macron, o G7 se compromissou a enviar aeronaves de combate a incêndio para a Amazônia. Mais de 50% dos 20 milhões de euros prometidos serão gastos justamente com os aviões.
"A Amazônia é nosso bem comum. Estamos todos envolvidos, e a França está provavelmente mais do que os outros que estarão nessa mesa [do G7], porque nós somos amazonenses. A Guiana Francesa está na Amazônia", disse Macron em rede nacional.
Apesar da proposta do G7, o presidente Jair Bolsonaro criticou a reação de líderes das maiores potências mundiais às queimadas, em especial do presidente francês.
Bolsonaro sugeriu que o engajamento de Macron tenha segundas intenções ao passo que revelaria uma suposta relação entre metrópole e colônia.
- Não podemos aceitar que um presidente, Macron, dispare ataques descabidos e gratuitos à Amazônia, nem que disfarce suas intenções atrás da ideia de uma "aliança" dos países do G-7 para "salvar" a Amazônia, como se fôssemos uma colônia ou uma terra de ninguém.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) August 26, 2019
Reflorestamento
O governo francês também se simpatiza com a ideia de criar um plano de reflorestamento da Amazônia. No entanto, tal plano só poderá ser possível caso o Brasil aceite a participação de ONGs e ativistas da Amazônia para o reflorestamento.
Uma fonte próxima ao presidente francês ressaltou a necessidade de financiar o combate a queimadas devido à escassez de recursos dos países amazônicos, publicou a Reuters.
Macron também disse em rede nacional que embora o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não tenha participado da mesa sobre o meio-ambiente, uma delegação americana estava presente. No momento, Trump estava ocupado em conversações bilaterais com outros países.