O ataque se seguiu à renúncia do presidente da Bolívia, Evo Morales, após ter perdido o apoio das Forças Armadas e da polícia do país. Antes de renunciar, Morales comunicou que residências de familiares de membros do governo foram incendiadas.
A representante da Venezuela para Bélgica, Luxemburgo e União Europeia, Claudia Salerno Caldera, denunciou em sua conta no tweeter: "um grupo armado com dinamites, com os rostos cobertos, forçou violentamente a entrada da Embaixada da Venezuela em La Paz".
Así atacaron embajada de #Venezuela en #Bolivia durante el golpe de estado consumado contra el presidente electo @evoespueblo. Tal como ocurrió con los incendios provocados contra viviendas de familiares de miembros del gobierno, ni la Policía, ni la Fuerza Armada la protegió. pic.twitter.com/PcqHYEiaU9
— Érika Ortega Sanoja (@ErikaOSanoja) November 10, 2019
"'Com dinamites, encapuzados e portando escudos, tomaram a embaixada da Venezuela na Bolívia. Estamos bem e abrigados, mas querem nos massacrar. Ajude-nos a denunciar essa barbárie', embaixadora da Venezuela na Bolívia, Chris González."
"Assim atacaram a embaixada da Venezuela na Bolívia durante o golpe de Estado consumado contra o presidente eleito Evo Morales. Tal como no caso dos incêndios de casas de familiares de membros do governo, nem a Polícia, nem as Forças Armadas protegeram [as instalações]."
Caldera nota que a embaixada não foi protegida pelas Forças Armadas, nem pela polícia boliviana. De acordo com o direito internacional, as missões diplomáticas são invioláveis e é dever do país anfitrião protegê-las.
O porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric, instou as autoridades a "garantir a segurança de todos os cidadãos, funcionários governamentais e cidadãos estrangeiros" em território boliviano.
Dujarric ressaltou a necessidade das "instituições estatais e locais serem respeitadas, assim como a inviolabilidade das missões diplomáticas".
A Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961 garante a imunidade das missões diplomáticas, assim como a de seus agentes e funcionários. As prerrogativas visam garantir a inviolabilidade dos consulados e embaixadas, que devem poder cumprir suas funções sem a interferência do país anfitrião.