A declaração foi emitida logo depois do lançamento nesta sexta-feira (20) do novo satélite fabricado pelos dois países, segundo a agência de notícias Xinhua.
O lançamento do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS-4A) marcou o 45º aniversário das relações diplomáticas entre Brasil e China.
De acordo com vice-diretor da Administração Espacial Nacional da China (CNSA), Wu Yanhua, os dois países pretendem expandir a aplicação dos dados coletados pelo satélite não só em seus países, como também naqueles que fazem parte da Iniciativa do Cinturão e Rota.
O acordo de cooperação entre os dois países envolve o desenvolvimento de satélites meteorológicos e de comunicação com sensores remotos. Além disso, há a possibilidade de cooperação na exploração do espaço profundo, exploração lunar e formação aeroespacial.
A parceria entre os dois países tem mais de 30 anos, juntos eles já enviaram seis satélites ao espaço, além de obterem uma melhora gradual na resolução das imagens captadas, que já somam mais de seis milhões.
Marcos Cesar Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação, afirmou que a cooperação contribuiu para a economia internacional e desenvolvimento social.
Os dados captados são utilizados em grande escala na agricultura, conservação da água, território e recursos, proteção ambiental e prevenção e mitigação de desastres, ajudando o governo brasileiro no monitoramento da floresta amazônica, informa a CNSA.
"A cooperação espacial entre China e Brasil tem sido um sucesso e dá um bom exemplo para a cooperação espacial entre países em desenvolvimento", afirmou Wu.