UE pede desculpas à Itália e promete 100 bi de euros para combater pandemia

© REUTERS / Remo CasilliCoronavírus na Itália
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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu desculpas pela resposta descuidada que o bloco deu à Itália em relação à pandemia.

"A Europa está hoje se mobilizando ao lado da Itália. Infelizmente, nem sempre foi assim", disse von der Leyen em uma carta publicada pelo jornal italiano La Repubblica.

"É preciso reconhecer que, nos primeiros tempos da crise, perante a necessidade de uma resposta europeia comum, muitos pensaram apenas nos seus próprios […] problemas."

Contudo, depois de se desculpar pela omissão, a chefe da Comissão Europeia elogiou a "ajuda" prestada à Itália pelos membros do bloco.

Resposta europeia

O pedido de desculpas deixou os políticos italianos impressionados, pois forçaram a União Europeia não apenas a reconhecer, mas a provar que é realmente uma união. Embora, aparentemente, Roma não tenha notado a "ajuda" de que von der Leyen se gabava.

"Acredito que todos acabarão percebendo, mesmo nesses países, que uma resposta europeia compartilhada, ordenada, forte e rápida é a única solução […] Uma resposta lenta seria uma resposta inútil", ponderou o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, à TV espanhola La Sexta.

© Sputnik / Aleksei Vitvitsky / Acessar o banco de imagensBandeiras da União Europeia em frente à sede da Comissão Europeia em Bruxelas (foto de arquivo)
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Bandeiras da União Europeia em frente à sede da Comissão Europeia em Bruxelas (foto de arquivo)

Uma declaração parecida veio do político oposicionista italiano Matteo Salvini: "A presidente da Comissão von der Leyen pediu desculpas hoje à Itália e aos italianos. Ela poderia ter pensado nisso antes."

Posteriormente, von der Leyen tentou aparentemente acrescentar algo mais substancial ao pedido de desculpas, lançando a ideia de um novo pacote financeiro para subsidiar os salários das empresas que lutam contra as consequências do coronavírus.

O esquema, denominado SURE, proporcionaria um total de 100 bilhões de euros (571 bilhões de reais) em empréstimos aos Estados-Membros da UE para evitar demissões em massa.

A Comissão Europeia aceitaria empréstimos nos mercados financeiros internacionais e depois emprestaria fundos aos membros do bloco, em especial aos que já têm economias deterioradas. Para ser efetivamente implementado, o plano tem que ser aprovado por todos os Estados-membros da UE.

De acordo com os últimos dados da Universidade Johns Hopkins, o número de pessoas infectadas por coronavírus na Itália ultrapassou 115 mil, com quase 14 mil mortes.

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