"Basicamente, é um sistema móvel para bloquear comunicações. Considere isto como uma plataforma capaz de várias missões customizáveis", afirmou ao portal C4ISRNET Praveen Kurian, diretor-geral da divisão de controle espacial da L3Harris.
A mais recente ferramenta dos Estados Unidos recebeu uma versão atualizada do sistema – CCS Block 10.2 – em março, mas uma nova geração da tecnologia já está em desenvolvimento.
Em 9 de março, quando o sistema alcançou a capacidade operacional inicial, a Força Espacial aclamou o sistema como sua primeira arma ofensiva. A primeira geração do sistema foi entregue em 2004. A fornecedora L3Harris tem sido a principal contratada para as duas últimas grandes atualizações do sistema – Block 10.1 e Block 10.2.
Devido ao sigilo por trás do programa militar, é difícil compreender as limitações e possibilidades desta tecnologia. Até o momento, sabe-se que se trata de um sistema móvel de guerra eletrônica que pode reversivelmente negar as comunicações por satélite de inimigos. Documentos orçamentários da Força Espacial norte-americana revelam que "o CCS provê efeitos de Controle Espacial Ofensivo (OCS) expedicionários, móveis e reversíveis aplicáveis em um todo o espectro de um conflito".
Contudo, conforme analisado no relatório "Global Counterspace Capabilities" de 2020 da Fundação Mundo Seguro: "Não existem informações públicas ou qualquer característica técnica do CCS, tais como intervalos de frequência, níveis de potência e formas de onda". Os autores do relatório concluíram que o sistema tem como principais alvos satélites de comunicação operando em órbitas geoestacionárias.
Atualmente, a fornecedora L3Harris já está desenvolvendo a próxima geração do sistema. Em 24 de janeiro, a Força Aérea alocou à companhia um contrato milionário para manter os equipamentos de guerra eletrônica do Centro de Sistemas Espaciais e de Mísseis.