A Casa Branca está introduzindo regulações que vão proibir instituições do governo norte-americano de contratar empresas cujas cadeias de fornecimentos contenham produtos de cinco empresas chinesas, entre elas Huawei ou ZTE. A administração, que enfrenta a China em matéria de comércio, qualificou a Huawei como ameaça de espionagem.
O diretor de Inteligência Nacional, John Ratcliffe, concedeu ao Pentágono uma isenção temporária para avaliar com mais profundidade uma solicitação de isenção mais ampla do Departamento de Defesa.
A decisão foi comunicada em um memorando à subsecretária de Defesa para Aquisição e Manutenção, Ellen Lord, afirma o portal Defense News. As empresas se encontram entre as que ainda se recuperam dos efeitos econômicos provocados pela pandemia do coronavírus e que pressionaram para obter mais tempo para cumprir com as novas proibições.
A isenção temporária tem como objetivo possibilitar que o Departamento de Defesa continue executando ações de aquisição que, em parte, equipariam as tropas.
Os líderes da Associação Industrial de Defesa Nacional (NDIA, na sigla em inglês) e o Conselho de Serviços Profissionais pediram que a proibição fosse postergada. O argumento utilizado foi a necessidade de se recuperaram das consequências causadas pela crise do coronavírus.
Ao citar as implicações a longo prazo das medidas, a NDIA pediu que as empresas obtivessem uma extensão de um ano.
Além da proibição de trabalhar com a Huawei, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, firmou dois decretos que proíbem qualquer transação com as empresas chinesas proprietárias de TikTok e WeChat. As autoridades do país também planejam revogar as licenças da China Telecom e outros operadores de telecomunicações do gigante asiático.