Pequim alerta que consumidores chineses podem boicotar Apple se EUA banirem WeChat

© REUTERS / Thomas PeterEm Pequim, na China, um homem tira fotos e Iphones dentro de uma loja da Apple após a reabertura do comércio em meio à pandemia da COVID-19, em 17 de julho de 2020.
Em Pequim, na China, um homem tira fotos e Iphones dentro de uma loja da Apple após a reabertura do comércio em meio à pandemia da COVID-19, em 17 de julho de 2020. - Sputnik Brasil
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WeChat tem mais de 1,2 bilhão de usuários ativos na China, enquanto a Apple representou 8% do mercado de smartphones do país asiático no segundo trimestre de 2020, muito atrás da líder Huawei.

Cidadãos chineses podem abandonar seus iPhones para sempre se os EUA proibirem o popular aplicativo de mensagens WeChat em território norte-americano, alertou Pequim, apontando para dados de relatórios que mostram que a maioria dos consumidores do país asiático está pronta para abandonar a Apple.

"Muitos chineses estão dizendo que podem parar de usar o iPhone se o WeChat for proibido nos EUA sob o pretexto de 'segurança nacional'", afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian na quinta-feira (27), durante coletiva de imprensa.
© AP Photo / Ben MargotIphone quebrado
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Iphone quebrado

Zhao afirmou estar ciente de uma pesquisa, conduzida pela plataforma chinesa Weibo, que mostra que cerca de 95% dos entrevistados abandonariam seu iPhone se o WeChat acabasse em uma lista negra dos EUA. O WeChat tem mais de 1,2 bilhão de usuários ativos na China, enquanto a Apple representou 8% do mercado de smartphones do país asiático no segundo trimestre de 2020, muito atrás da líder chinesa Huawei.

'Intimidação econômica'

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um decreto executivo no início do mês que proíbe, a partir de setembro, qualquer transação com a desenvolvedora do aplicativo TikTok, a ByteDance, e o aplicativo WeChat, da Tencent Holdings. A proibição pode exigir que a Apple e outras empresas norte-americanas removam o aplicativo de mensagens WeChat de suas lojas de aplicativos.

Durante a coletiva de imprensa, Zhao afirmou que a proibição do WeChat era uma forma ideologicamente orientada de "intimidação econômica", um "ato de pirataria" que "está fadado a sofrer oposição e resistência da comunidade internacional".

Esse é apenas o capítulo mais recente da crescente tensão política e econômica entre Washington e Pequim. Anteriormente, o governo Trump apontou dezenas de empresas chinesas, principalmente a Huawei, acusando as empresas de colaborar com o governo chinês.

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