Um estudo da Universidade de Lund, na Suécia, publicado na revista científica Journal of Archaeological Science, concluiu que um grande peixe, cujos restos foram encontrados em um naufrágio do final do século XV, era um esturjão.
A embarcação naufragada viajava com o rei Hans I da Dinamarca, que estava a caminho da Suécia para visitar o regente Sten Sture, o Velho, com a intenção de reclamar o trono sueco.
Os arqueólogos descobriram os ossos do peixe em um barril de madeira encontrado no local do naufrágio do Gribshunden, navio-almirante da frota dinamarquesa, que navegava de Copenhague para Calmar em 1495.
Quando o rei não estava a bordo, foi declarado que havia um incêndio, que causou o naufrágio da embarcação perto da cidade de Ronneby, no oeste do mar Báltico.
Após analisar o esqueleto, os pesquisadores descobriram que o animal media dois metros de comprimento, e análises de DNA determinaram que se tratava da espécie "Acipenser oxyrinchus", o esturjão-atlântico.
Por ser raro, o peixe era utilizado como um "instrumento de propaganda", já que impressionava os demais, mostrando o poder e a riqueza de Hans I, segundo um dos autores do estudo, Brendan P. Foley.
"A exibição de seu navio-almirante carregado de objetos, animais e pessoas de prestígio foi uma impressionante manifestação de poder, com o objetivo de impressionar os militares, nobres e políticos suecos que o aguardavam em Calmar", ressaltou o pesquisador.
