Segundo os dados divulgados pelo IBGE, os cinco principais ramos da produção industrial brasileira recuaram no ano passado: bens duráveis (-19,8%), bens de capital (-9,8%), bens de consumo (-8,9%), semiduráveis e não duráveis (-5,9%), e bens intermediários (-1,1%).
Apesar disso, a produção industrial brasileira, até dezembro do ano passado, apresentou oito meses consecutivos de crescimento, após forte queda em março e abril, de -9,4% e -19,5%, respectivamente. Os recuos tiveram influência direta dos efeitos da pandemia da COVID-19.
A queda geral no ano é um dos piores resultados da década, ficando atrás apenas de 2015 e 2016, quando a produção industrial brasileira recuou 8,3% e 6,4%, respectivamente. Em 2019, o setor já havia apresentado perdas, com diminuição de 1,1%.
A produção de automóveis foi um das atividades industriais que mais influenciou o resultado negativo geral em 2020, apresentando queda de 34,6%. Na metalurgia, a queda foi de 7,2%, enquanto o setor de máquinas e equipamentos recuou 4,2% e a confecção de vestuário e acessórios caiu 23,7%.
Apesar do resultado geral negativo, algumas atividades industriais pesquisadas apresentaram crescimento: papel e produção de papel (1,3%), farmoquímicos e farmacêuticos (2%), perfumaria e produtos de limpeza (2,7%), produtos alimentícios (4,2%), derivados do petróleo e biocombustível (4,4%) e produtos do fumo (10,1%).