OTAN vê avanço da China como 'desafio global', diz Stoltenberg

© REUTERS / Olivier HosletO secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, em uma entrevista coletiva antes do conselho de ministros da defesa da OTAN na sede da aliança em Bruxelas, Bélgica, em 15 de fevereiro de 2021
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, em uma entrevista coletiva antes do conselho de ministros da defesa da OTAN na sede da aliança em Bruxelas, Bélgica, em 15 de fevereiro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 04.03.2021
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A Europa e a América do Norte devem trabalhar em conjunto para enfrentar efetivamente os antigos e emergentes desafios globais, incluindo a ascensão da China, ataques cibernéticos e tecnologias disruptivas, afirmou o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, nesta quinta-feira (4).

O chefe da OTAN deu a declaração durante um discurso para alunos do Colégio da Europa, em Bruges, na Bélgica.

"Hoje, a OTAN tem 30 aliados fortes. E mantém quase um bilhão de pessoas seguras. Mas nossa aliança continua a mudar à medida que o mundo ao nosso redor se transforma. E devemos continuar a nos adaptar, enquanto enfrentamos desafios, antigos e novos", disse Stoltenberg.

Embora a China não seja um "adversário", a União Europeia e a América do Norte devem ter cautela com os avanços da potência não aliada, que tem o segundo maior gasto militar do mundo, afirmou o chefe da OTAN.

© AP Photo / Ng Han GuanVeículos militares durante o desfile militar marcando o 70º aniversário da fundação da República Popular da China, em Pequim
OTAN vê avanço da China como 'desafio global', diz Stoltenberg - Sputnik Brasil, 1920, 04.03.2021
Veículos militares durante o desfile militar marcando o 70º aniversário da fundação da República Popular da China, em Pequim
"A China não é nosso adversário. Mas tem o segundo maior orçamento militar do mundo e não compartilha de nossos valores. A ascensão da China e todos esses desafios globais tornam ainda mais importante para a Europa e a América do Norte que trabalhem em conjunto", enfatizou.

Em 19 de fevereiro deste ano, Stoltenberg pediu atualizações do Conceito Estratégico da OTAN, definido pela última vez em 2010, durante a Conferência de Segurança de Munique. O secretário-geral observou que a contenção da China é uma questão crucial para o bloco.

O Ministério das Relações Exteriores da China criticou a proposta, classificando-a como "pensamento da Guerra Fria" e reafirmou o compromisso de Pequim com o desenvolvimento pacífico.

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