Face a tais mudanças em menos de dois meses de mandato presidencial, o ex-presidente republicano fez uma declaração por escrito, na qual comentou a situação migratória na fronteira entre os EUA e o México.
"Quando eu era presidente, nossa fronteira sul estava em grande forma – mais forte e segura do que nunca. Acabamos com o "pegar e soltar", com os asilos fraudulentos e detivemos os contrabandistas, traficantes de droga e de seres humanos", lê-se em sua declaração.
Nos Estados Unidos, "pegar e soltar" refere-se a uma prática de liberar um imigrante enquanto ele aguarda julgamento na corte de imigração, como alternativa a mantê-lo em detenção imigratória.
Donald Trump criticou fortemente a decisão de Biden de parar de construir o muro entre os EUA e o México, afirmando que os EUA "estão sendo destruídos na fronteira sul". Recentemente, durante a conferência conservadora anual no estado da Flórida, o republicano chegou a classificar as ações da nova administração como uma traição aos principais valores americanos.
Logo no primeiro dia de seu mandato como presidente, Biden anunciou uma diretiva na qual se comprometeu a conceder a cidadania estadunidense aos cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais vivendo nos EUA. De igual modo, aumentou para 125 mil o número anual de concessão de asilo a refugiados, que teria sido reduzida para apenas 15 mil durante a presidência de Trump.
Biden também se teria comprometido a autorizar imigrantes menores a entrar no país, uma vez que aproximadamente 3.200 crianças e jovens se encontram em vários centros de detenção na fronteira sudoeste dos EUA. Na verdade, em 3 de fevereiro, o presidente democrata estabeleceu uma equipe entre agências com o objetivo de reunir as famílias que tivessem sido separadas ao longo da fronteira sul, estabelecendo um período de 120 dias para receber seu primeiro relatório sobre a situação.