Segundo indica o The Sunday Times, este ato por parte do Reino Unido é uma demonstração de solidariedade com Kiev e com os aliados da OTAN presentes na região, após o presidente dos EUA, Joe Biden, ter cancelado o envio de dois navios de guerra americanos para o mar Negro, temendo escalar ainda mais as tensões com Moscou.
De acordo com a mídia, cuja informação teria sido obtida de altas patentes da Marinha britânica, um destroíer Type 45, armado com mísseis antiaéreos, e uma fragata antissubmarino Type 23 deixarão o grupo do porta-aviões HMS Queen Elizabeth da Marinha Real, que se encontra no Mediterrâneo, e se dirigirão através do Bósforo para o mar Negro.
Um porta-voz do Ministério da Defesa britânico relatou ao jornal que o Reino Unido e seus aliados "seguirão apoiando a soberania e a integridade territorial da Ucrânia", e pedem a Moscou que diminua as tensões na fronteira.
Os presidentes Biden e Putin conversaram na terça-feira passada (13), tendo o primeiro exposto suas preocupações com a presença de forças russas na fronteira com a Ucrânia. Contudo, a Rússia afirma que a presença das mesmas é nada mais que uma resposta à proximidade das forças da OTAN na área, de modo a garantir a segurança nacional da Federação da Rússia.
Em 14 de abril, o Departamento de Navegação e Oceanografia do Ministério da Defesa da Rússia emitiu um comunicado dizendo que, de 24 de abril até 31 de outubro, a passagem por águas territoriais russas em três zonas do mar Negro estaria interditada a embarcações militares estrangeiras. Perante tal comunicado, o ministro das Relações Exteriores ucraniano protestou contra a decisão, afirmando que esta seria uma violação das normas e princípios da lei internacional, uma vez que a Ucrânia tem o direito de navegar livremente nessas áreas do mar Negro.
Na quinta-feira (15), o Ministério das Relações Exteriores russo declarou que os Estados-membros da OTAN, com as suas ações provocativas, agravam a situação em torno da Ucrânia, país que não deveria fazer parte da área de responsabilidade da aliança atlântica, alimentando o clima para "uma espécie de vingança militar".