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Atentado à vida de Cristina Kirchner é 'golpe de Estado', afirma Maduro

© AFP 2023 / Yuri CortezNicolás Maduro, presidente venezuelano, acompanhado por sua esposa Cilia Flores, se despede de Armando Benedetti, embaixador da Colômbia na Venezuela (fora da foto), no Palácio Presidencial de Miraflores, Caracas, Venezuela
Nicolás Maduro, presidente venezuelano, acompanhado por sua esposa Cilia Flores, se despede de Armando Benedetti, embaixador da Colômbia na Venezuela (fora da foto), no Palácio Presidencial de Miraflores, Caracas, Venezuela - Sputnik Brasil, 1920, 05.09.2022
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O presidente da Venezuela condenou a tentativa de assassinato da vice-presidente da Argentina, que diz ter sido conduzida por uma "oligarquia", com o apoio de grandes empresas de mídia e das redes sociais.
A tentativa de assassinato de Cristina Fernández de Kirchner, vice-presidente da Argentina, é um "golpe de Estado", afirmou no domingo (4) Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, durante uma entrevista.
Na noite de quinta-feira (1º) um homem brasileiro identificado como Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos, tentou desferir um golpe na cabeça da alta responsável quando ela estava chegando a sua casa em Buenos Aires, mas a pistola não disparou. Montiel foi interceptado pelas forças de segurança e posteriormente detido pela polícia.
"O que aconteceu com Cristina foi um golpe [de Estado]. Eles queriam eliminar o adversário. (…) Quando não recebem votos suficientes, a oligarquia age desta forma. Temos que cuidar de nós mesmos no sul", disse ele em declarações à Radio10 argentina.
"É incrível que isto esteja acontecendo em pleno século XXI. um evento com estas características e esta verdadeira tentativa de assassinato marcou todo o continente. Foi disparado o alarme sobre até onde se pode ir, quais são os limites da violência, do ódio", acrescentou ele.
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Segundo o líder venezuelano, esta tentativa de assassinato é o resultado de um crescendo de campanhas de ódio, "de polarização negativa, de polarização excludente, de polarização baseada na intolerância, são campanhas de ódio que têm o objetivo de promover guerras psicológicas".
Maduro destacou as grandes empresas de mídia e redes sociais como compartilhando a culpa por estas ações, e lembrou que seu país passou por situações semelhantes, incluindo a tentativa de assassinato contra ele em 4 de agosto de 2018.
"Nós passamos por uma tentativa de assassinato, foi preparada e financiada pela Colômbia; participaram líderes políticos da direita venezuelana", explicou, detalhando que capturaram os autores graças às informações obtidas dos dispositivos apreendidos.
Maduro assegurou que somente a força de uma sociedade unida e a estatura moral de seus líderes políticos têm a capacidade de assegurar que o ataque à vida de um presidente seja permanentemente condenado.
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