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Visita de Pelosi à Armênia visa separar o país da Rússia, diz analista

© AFP 2023 / Karen Minasyan KAREN MINASYANPresidente do parlamento armênio Alen Simonyan conversa com a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, durante a sua visita à Armênia, 18 de setembro de 2022
Presidente do parlamento armênio Alen Simonyan conversa com a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, durante a sua visita à Armênia, 18 de setembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 18.09.2022
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A visita da presidente da Câmara dos Representantes norte-americana, Nancy Pelosi, à Armênia se dará no âmbito dos esforços do Ocidente para retirar a Armênia da esfera de influência da Rússia, acredita o analista político armênio Edgar Elbakyan.
Pelosi chegou a Yerevan no sábado (17) à noite e vai permanecer lá até 19 de setembro, segundo comunicou a embaixada dos EUA. De acordo com a missão diplomática, ao longo da sua visita Pelosi discutirá as relações bilaterais e a situação na esfera de segurança.
Conforme o analista, é provável que a visita tenha apenas coincidido com a nova escalada da situação na fronteira entre a Armênia e o Azerbaijão, mas esse tema vai ser discutido durante a visita.
"A visita foi planejada, e isso é um fato, há três semanas [...] Ou seja, seria inapropriado ligá-la à resolução desta situação", disse Elbakyan à Sputnik.
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Entretanto, a visita enquadra-se na política comum dos Estados Unidos, e do Ocidente em geral, que visa retirar a Armênia da esfera de influência russa.

"O jogo é muito simples – os Estados Unidos e o Ocidente político coletivo estão tentando arrancar a região da influência russa", especificou.

Segundo o especialista, uma pesquisa recentemente publicada, realizada na Armênia pelo Instituto Republicano Internacional, mostrou que 52% da população se manifesta contra as sanções antirrussas impostas pelo Ocidente.

"A nossa população considera os EUA como o principal culpado pelos combates na Ucrânia [...] O Ocidente também possui estes dados, por isso eles decidiram, no âmbito do seu grande jogo geopolítico, intensificar os seus esforços nessa direção. Vemos como os agentes do seu poder brando estão trabalhando agora na Armênia", sublinhou o analista.

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Segundo Elbakyan, os agentes ocidentais especulam que a Rússia, possuindo uma base militar na Armênia e sendo sua aliada no âmbito da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC), não interfere militarmente na situação existente na fronteira entre a Armênia e o Azerbaijão. Nesse contexto, o Ocidente parece esquecer as declarações das próprias autoridades armênias.

"Trata-se de um discurso que eles [o lobby pró-ocidental] reativaram. A questão é clara: está em andamento uma luta por esferas de influência", salientou.

Na sua opinião, a própria Pelosi não tem nada a oferecer à Armênia para a resolução de suas disputas com o Azerbaijão visto que, em todo o caso, os norte-americanos não vão intervir no conflito de forma ativa.
"Na realidade, eles não podem [oferecer nada], exceto o malfadado sonho americano. Eles podem dar garantias de segurança nas palavras, mas isso são conversas para pobres. Porque existe a Turquia, e qualquer decisão tomada em Washington relativamente à região do Grande Oriente Médio deve ser equilibrada, deve levar em consideração os interesses da Turquia [...] Assim, se estamos falando em [obter] algo material – não, de todo", acredita Elbakyan.
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Nas vésperas, o presidente do parlamento armênio, Alen Simonyan, manifestou o seu descontentamento com a posição russa e da OTSC quanto à situação na fronteira com o Azerbaijão, apesar dos esforços significativos empreendidos pela Rússia e OTSC a fim de resolver o conflito armênio-azeri. Em particular, ao comentar os passos da OTSC, Simonyan lembrou que a Armênia tem um acordo de assistência mútua com a Rússia. O político disse que os armênios esperam "passos muito mais visíveis" dos seus parceiros russos, e "não a nível de declarações ou meias-palavras".
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