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Macron destaca desigualdade entre Europa e EUA na questão energética

© AP Photo / Jacquelyn MartinEmmanuel Macron, presidente da França, durante almoço no Departamento de Estado dos EUA em Washington, EUA, 1º de dezembro de 2022
Emmanuel Macron, presidente da França, durante almoço no Departamento de Estado dos EUA em Washington, EUA, 1º de dezembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 05.12.2022
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O líder francês mostrou preocupação com a situação relativamente à compra e venda de energia nos dois lados do Atlântico, que qualificou como desequilibrada.
O presidente francês Emmanuel Macron destacou alguma tensão nas relações entre a Europa e os EUA, com Washington vendendo gás a um preço muito superior ao praticado no seu próprio mercado.
"Acho que esta administração e o presidente [americano Joe] Biden pessoalmente estão muito ligados à Europa, mas quando você olha para a situação hoje, há de fato uma dessincronização. Por quê? É a energia. A Europa é um comprador de gás e petróleo. Os EUA são um produtor", explicou Macron em uma entrevista de domingo (4) à emissora CBS News.
O presidente francês notou que as indústrias e domicílios dos EUA e da Europa compram gás e petróleo a preços diferentes, o que, diz, cria uma grande desigualdade que afeta o poder de compra e a competitividade nos países afetados.
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"Com o gás natural russo drasticamente cortado, a Europa está comprando mais dos Estados Unidos, mas a um preço até seis vezes maior do que os americanos pagam. Isto em um período em que a inflação e o desemprego na França estão oscilando em torno de 7%", sublinhou o alto responsável.
Sobre a situação na Ucrânia, Macron assegurou que a Europa e os EUA estão envolvidos neste conflito "pelos mesmos princípios", mas que o custo deste envolvimento é diferente em ambos os lados do Atlântico.
Durante a visita oficial do presidente da França aos EUA entre terça-feira (29) e sexta-feira (2), ele se reuniu com Biden para discutir a situação na Ucrânia, a economia, o comércio, a energia e a cooperação espacial.
A União Europeia reduziu drasticamente suas importações do gás russo após o começo da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, reduzindo sua dependência energética de Moscou, mas pagando mais e aumentando a dependência energética dos EUA. Isso contribuiu para os maiores níveis de inflação nos Estados-membros em décadas e a desaceleração econômica do bloco.
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