Putin: vamos manter capacidade de defesa e melhorar tríade nuclear
09:04 21.12.2022 (atualizado: 10:19 21.12.2022)
© Sputnik / Pavel Bednyakov
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que os países da OTAN utilizam ativamente suas capacidades e potencial militar contra a Rússia.
"Todos sabem que hoje praticamente todos os países principais da OTAN usam ativamente suas capacidades e potencial militar contra a Rússia. No entanto, nossos soldados, sargentos e oficiais lutam pela Rússia com coragem e determinação. De maneira confiante, passo a passo, estão cumprindo as tarefas definidas, e essas tarefas certamente serão cumpridas", declarou.
Além disso, Putin também afirmou que as armas da OTAN devem ser analisadas e usadas para o crescimento do Exército russo, assim como a experiência obtida.
"Nossas unidades militares obtiveram uma grande experiência de combate durante esta operação especial. A tarefa do Ministério da Defesa, do Estado-Maior, como eu já disse, é analisar exaustivamente essa experiência, sistematizá-la o mais rápido possível e incluí-la nos programas e planos de treinamento militar, de preparação das tropas em geral e no fornecimento às tropas dos equipamentos necessários", enfatizou.
Aproveitando a ocasião, Putin destacou que a Rússia seguirá fortalecendo seu potencial militar.
"Todas as informações sobre as forças da OTAN, os meios utilizados ativamente durante a operação militar especial contra nós, são bem conhecidos. Vocês sabem tudo isso, tudo isso deve ser analisado exaustivamente e utilizado para construir as nossas Forças Armadas, para aumentar as capacidades de combate das nossas tropas, bem como dos serviços especiais nacionais", afirmou Putin em reunião no Ministério da Defesa.
Ainda sobre o reforço militar, Putin enfatizou que a Rússia seguirá mantendo sua prontidão de combate e melhorando sua tríade nuclear, sendo esta a principal garantia de defesa da soberania.
"Continuaremos mantendo a prontidão de combate e expandindo a prontidão de combate da tríade nuclear. Esta é a principal garantia de manutenção da nossa soberania e integridade territorial, da paridade estratégica, e em geral do equilíbrio de forças no mundo", disse Putin.
De acordo com o presidente russo, o míssil balístico Sarmat está próximo de ser colocado de prevenção.
"Em breve, o míssil balístico intercontinental Sarmat será colocado pela primeira vez em prevenção militar. Nós sabemos que há um desvio, mas isso não muda nossos planos. Tudo será feito", afirmou Putin.
Conforme Putin, hoje o nível de armas modernas na tríade nuclear é de 91%.
"Neste ano, o nível de armas modernas nas forças estratégicas nucleares já chegou a 91%. Continuamos rearmando os regimentos da Força Estratégica de Mísseis com sistemas de mísseis modernos com a ogiva hipersônica Avangard", declarou.
Em janeiro, espera-se que a fragata Admiral Gorshkov entre em serviço com os novos mísseis Tsirkon, ressaltou Putin.
"No começo de janeiro do ano que vem, a fragata Admiral Gorshkov entrará em serviço com os novíssimos, repito, sem quaisquer análogos no mundo, sistemas de mísseis hipersônicos de baseamento marítimo Tsirkon", enfatizou.
O líder russo também enfatizou que é hora de o país expandir a utilização de drones pelo Exército russo, uma vez que eles devem estar por toda a parte.
Putin também destacou que o país tem grande experiência no desenvolvimento de submarinos autônomos e que a indústria tem capacidade suficiente para desenvolver drones aéreos e terrestres.
"Os equipamentos autônomos devem estar interligados entre si, integrados em uma única rede de inteligência, possuírem canais de comunicação seguros com os quartéis-generais e os comandantes", destacou Putin.
Ele igualmente declarou que o país também precisa expandir seu arsenal de armas modernas no Exército russo.
"Em geral, será necessário estudar as questões sobre a expansão dos arsenais de armas modernas", afirmou Putin.
Segundo o líder russo, a inteligência artificial também deve ser usada em todos os níveis de tomada de decisões.
"É preciso melhorar os sistemas de comando e comunicação, para garantir a estabilidade e operacionalidade do comando das tropas em quaisquer condições. Para isso é preciso usar mais ativamente as tecnologias de inteligência artificial em todos os níveis de tomada de decisões", declarou.
Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação militar especial para desmilitarização e desnazificação da Ucrânia.
Durante a operação, o Exército russo, junto com as forças das repúblicas de Donetsk e Lugansk, libertou completamente a República Popular de Lugansk e uma parte significativa da república de Donetsk, inclusive Volnovakha, Mariupol e Svyatogorsk, bem como toda a região de Kherson, áreas de Zaporozhie junto do mar de Azov e uma parte da região de Carcóvia.
De 23 a 27 de setembro, a RPD, RPL e regiões de Kherson e Zaporozhie realizaram referendos sobre a adesão à Federação da Rússia, com a maioria da população votando a favor. Em 30 de setembro, durante uma cerimônia no Kremlin, o presidente russo assinou os acordos sobre a integração das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e regiões de Kherson e Zaporozhie à Rússia. Após aprovação por ambas as câmaras do parlamento russo, os acordos foram ratificados por Putin no dia 5 de outubro.
