Adesão da Ucrânia à OTAN nas circunstâncias atuais seria uma 'ameaça à vida', diz assessor húngaro
05:15 29.12.2022 (atualizado: 09:11 29.12.2022)
© AP Photo / Vadim GhirdaSoldado romeno com bandeira da OTAN
© AP Photo / Vadim Ghirda
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Sem um acordo entre Rússia e EUA e um tratado que regule o status dos países do Leste Europeu, a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) significaria uma "ameaça imediata à vida", disse Balazs Orbán, assessor do primeiro-ministro da Hungria.
"No contexto da adesão da Ucrânia, existe um problema significativo: o tratado-base da OTAN estipula que um país no território do qual há uma guerra ou que está em estado de guerra, não pode ser aceito na aliança [...]. Sem um compromisso americano-russo e um acordo que regule a situação dos países da região, [a adesão da Ucrânia à OTAN] significaria uma ameaça imediata à vida", disse o assessor em entrevista ao portal Index, respondendo à pergunta se Budapeste apoiará a futura adesão ucraniana à OTAN.
Ao mesmo tempo, o assessor recordou que a Hungria apoia consistentemente a adesão da Ucrânia, Geórgia e dos países dos Bálcãs ocidentais à União Europeia (UE), uma vez que não quer ser um país "extremo" da UE, mas atualmente há várias questões não resolvidas entre Budapeste e Kiev, que dizem respeito não só aos direitos da minoria húngara que vive na Transcarpátia.
Anteriormente, o assessor do premiê húngaro disse que a Hungria é a favor da entrada da Ucrânia na União Europeia, mas não pretende perder laços com a Rússia.