Washington congelou nos EUA os ativos russos correspondentes a milhões de dólares, declaração feita pela subsecretária do Tesouro dos EUA, Sigal Mandelker, responsável pelas sanções contra a Rússia. O documento foi publicado pouco antes de ser apresentado ao Comitê Bancário do Senado sobre pressão com sanções antirrussas.
Ademais, os EUA adicionaram duas empresas e seis navios da Rússia na lista de sanções contra a Coreia do Norte.
Anteriormente, as autoridades dos EUA, pelo contrário, reconheciam que a política da Rússia não podia ser alterada com sanções.
O professor da Universidade Estadual do Pacífico, Dr. Ildus Yarulin, disse o motivo pelo qual os EUA continuam aplicando uma política de sanções.
"O conflito entre republicanos e democratas é acentuadamente aumentado antes das eleições intercalares. E acusar a Rússia por tudo, e por qualquer coisa, instiga o humor antirrusso que é usado por todos para conseguir votos. O inimigo foi designado, portanto, é necessário puni-lo. E quem pune ‘melhor', é o mais forte", ressaltou o professor.
"Há uma reorganização global em todo o mundo. Os Estados Unidos estão perdendo sua posição, enquanto muitas potências regionais tentam se identificar como participantes da luta pela divisão global do mundo. União Europeia, China e Rússia não perderam suas posições, e existem jogadores como a Turquia e o Irã. Para evitar que esses países se tornem participantes reais na batalha global pelo campeonato mundial, os americanos se comprometem com tudo".
"Os interesses, não só da Rússia, estão sendo infringidos — há uma guerra econômica com a China, ataques às posições da Turquia, pressão ativa sendo exercida sobre os membros do BRICS, a luta pela Índia, as sanções iranianas […] Na guerra, todos os meios são bons. Mas enquanto a guerra ainda não está quente, ela começa a esfriar, e os americanos estão tentando nos deixar cada vez pior", concluiu Yarulin.
Após a vitória de Donald Trump, os Estados Unidos acusaram a Rússia de interferir nas eleições de 2016, enquanto Moscou nega as acusações.
Nas eleições de meio-termo norte-americanas em novembro de 2018, a composição completa da Câmara dos Representantes, um terço do Senado e um número de governadores serão escolhidos.