FOTO de suposto blindado suscita perguntas sobre papel da França no conflito sírio

Uma foto com um suposto veículo militar francês na província síria de Deir ez-Zor suscitou perguntas sobre até que ponto Paris está envolvida no conflito no país árabe.
Sputnik

O veículo em questão é um carro blindado de transporte de pessoal equipado com uma torre, parecido com o veículo de transporte de infantaria Aravis do exército francês. O veículo pode ser visto em segundo plano de uma foto mostrando as forças estadunidenses apoiando os grupos armados sírios que combatem o Daesh.

O primeiro a chamar atenção para a imagem foi o jornalista Wassim Nasr da rede francesa France 24. Segundo ele, a foto teria sido publicada na quarta-feira (12) pela Força-Tarefa Conjunta de Operações Especiais dos EUA no Iraque e Síria, mas depois foi removida, talvez a pedido das autoridades francesas.

A França faz parte da coalizão internacional na Síria liderada pelos EUA e participou ativamente da campanha aérea na região. Paris esteve nomeadamente envolvida no ataque aéreo conjunto com os EUA e o Reino Unido em abril deste ano, na sequência do alegado ataque químico em Douma, subúrbio de Damasco, naquele período controlado por rebeldes.

Porém, o governo francês nunca disse possuir forças na província de Deir ez-Zor.

O jornalista afirma que o veículo é francês: "Temos a certeza de que é um veículo francês por causa da sua marca — é um Aravis", disse, acrescentando que "apenas o Exército da França e da Arábia Saudita" possuem estes veículos e os sauditas não estão presentes em Deir ez-Zor.

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Nasr também ressaltou que veículos semelhantes foram vistos na Síria em "numerosas ocasiões", nos territórios controlados pelos militantes apoiados pelos EUA, como em Manbij.

Nem o exército francês nem o americano comentaram a notícia da France 24.

No fim de abril, o secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, disse ao Congresso que a França tinha enviado forças especiais à Síria, "reforçando" a ação de Washington no combate ao grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e em outros países), mas não avançou detalhes.

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