Bolsonaro critica engajamento de Macron no combate a queimadas

O presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu que o G7 disponibilizará 20 milhões de euros (cerca de R$ 91 milhões) para acabar com as queimadas na Amazônia. Grande parte do dinheiro será gasta com envio de aviões de combate a incêndio.
Sputnik

A declaração do presidente francês surge logo após os países-membros do G7 se reunirem para tratar de questões ambientais no domingo (25). Os chefes de Estado presentes na cúpula do G7 discutiram formas de como ajudar o Brasil e outros países a combater as queimadas.

Segundo o anúncio de Macron, o G7 se compromissou a enviar aeronaves de combate a incêndio para a Amazônia. Mais de 50% dos 20 milhões de euros prometidos serão gastos justamente com os aviões.

"A Amazônia é nosso bem comum. Estamos todos envolvidos, e a França está provavelmente mais do que os outros que estarão nessa mesa [do G7], porque nós somos amazonenses. A Guiana Francesa está na Amazônia", disse Macron em rede nacional.

Apesar da proposta do G7, o presidente Jair Bolsonaro criticou a reação de líderes das maiores potências mundiais às queimadas, em especial do presidente francês.

Bolsonaro sugeriu que o engajamento de Macron tenha segundas intenções ao passo que revelaria uma suposta relação entre metrópole e colônia.

Reflorestamento

O governo francês também se simpatiza com a ideia de criar um plano de reflorestamento da Amazônia. No entanto, tal plano só poderá ser possível caso o Brasil aceite a participação de ONGs e ativistas da Amazônia para o reflorestamento.

Uma fonte próxima ao presidente francês ressaltou a necessidade de financiar o combate a queimadas devido à escassez de recursos dos países amazônicos, publicou a Reuters.

Macron também disse em rede nacional que embora o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não tenha participado da mesa sobre o meio-ambiente, uma delegação americana estava presente. No momento, Trump estava ocupado em conversações bilaterais com outros países.

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