Como último passo na fase de testes de dois anos, caças F-35 da Noruega foram pilotados de Orland para a Base de Defesa Aérea em Rygge e estão agora prontos para a sua primeira missão. Com esta etapa concluída, a Noruega se tornou a terceira nação europeia a atingir a capacidade operacional inicial (COI), depois da Itália e do Reino Unido.
As Forças Armadas norueguesas atingiram, assim, o seu objetivo para 2011 de alcançar a capacidade operacional com as aeronaves F-35 até o final de 2019.
A Noruega declarou capacidade operacional inicial (COI) com o F-35.
"Este é o resultado de um trabalho formidável realizado ao longo de muitos anos em vastas áreas do setor da Defesa. Agora o F-35 pode ajudar a resolver crises nacionais e prevenir ameaças à soberania norueguesa", disse o ministro da Defesa, Frank Bakke-Jensen, do Partido Conservador em poder.
De acordo com o Ministério da Defesa, a Força Aérea é agora capaz de responder rapidamente com caças F-35 a incidentes e crises na Noruega, nas águas territoriais norueguesas e nas áreas circundantes.
Parabéns ao nosso parceiro norueguês por atingir a Capacidade Operacional Inicial para a sua frota de F-35! A Noruega é o terceiro parceiro europeu a declarar a COI, inaugurando uma nova era de 5ª geração de potência aérea para a Luftforsvaret [Real Força Aérea da Noruega]
Um dos principais utilizadores do F-35 na Europa
Os primeiros três caças F-35 aterrissaram em solo norueguês em novembro de 2017. Entretanto, a Força Aérea norueguesa vem testando a forma como os aviões lidam com as condições específicas da Noruega. Entre outras, foram realizadas missões no inverno e colaborações com o Exército, a Marinha e as Forças Especiais.
A mudança para Rygge é apenas temporária, e o avião regressará mais tarde a Orland, onde 15 dos 22 F-35 da Noruega estarão baseados e operarão. Os outros sete foram, entretanto, deslocados para a Base da Força Aérea de Luke, nos EUA, para fins educacionais.
O F-35 tem sido descrito como um apoiante básico para o resto das Forças Armadas. Os jatos são destinados a trabalhar em estreita colaboração com outros ramos, alimentando-os com informação de tempo crítico e uma visão geral detalhada de locais distantes. Em 2022, F-35 assumirão a missão da OTAN Quick Reaction Alert (Alerta de Reação Rápida, em tradução livre) dos F-16.
"Com o F-35 instalado, teremos uma capacidade muito superior à que o F-16 alguma vez forneceu. O F-35 é muito mais do que um substituto do F-16. O sistema de armamento acrescenta uma série de novas capacidades a todas as Forças Armadas que nunca tivemos antes", concluiu o ministro da Defesa norueguês.
No total, a Noruega encomendou 52 aviões F-35 por cerca de 1,375 bilhão de coroas norueguesas (R$ 616 milhões) cada um. Os custos totais da vida útil associados à aeronave continuam a ser objeto de debate.
De acordo com o Ministério da Defesa norueguês, a frota F-35 estará totalmente operacional em 2025. Entretanto, a participação da Noruega no projeto F-35 se deparou com dificuldades, incluindo a falta de pilotos e hangares, e custos operacionais descontrolados.
Antes, em 13 de outubro, os caças apresentaram problemas com paraquedas em voos na Noruega. Uma mídia norueguesa também se mostrou preocupada com as emissões de carbono dos aviões americanos até 2030.
Produção e utilização dos F-35
Recentemente, a Coreia do Sul apresentou caças F-35A produzidos nos EUA durante uma cerimônia militar, e planeja receber 40 desses aviões até 2021.
A Força Aérea de Israel está testando o combate aéreo dos F-35 entre 3 e 14 de novembro.
Na última sexta-feira (1º), os Países Baixos receberam seu primeiro caça de 5ª geração em uma cerimônia imperfeita.
Na quinta-feira (7), foi revelado que parte dos projetos de melhoramento dos caças F-15EX, F-22 e F-35 nos EUA poderiam ser inviabilizados por uma nova resolução sobre os gastos militares do país.