Participaram da reunião o CEO da empresa no Brasil, Wei Yao, e o presidente regional da Huawei para a América Latina, Zou Zhilei.
A pauta da reunião não foi divulgada, mas ao chegar ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que os chineses querem entrar no mercado brasileiro.
"Não foi feita a proposta, ele apenas mostrou que quer 5G no Brasil", disse Bolsonaro, citado pelo jornal Folha de S.Paulo.
No entanto, o presidente brasileiro desconversou quando perguntado sobre um eventual leilão do 5G.
"A palavra leilão eu não ouvi na reunião. Se ele falou, eu estava desatento", afirmou Bolsonaro.
A tecnologia 5G é um dos pontos cruciais da disputa comercial entre os Estados Unidos e China. O governo do presidente Donald Trump impôs sanções à empresa chinesa sob a justificativa de que a empresa representa risco à segurança nacional.
Bolsonaro, aliado de Donald Trump, disse que o governo brasileiro vai priorizar a melhor oferta.
"Fiquei sabendo que tem uma empresa sul-coreana também em condições para operar 5G. A melhor oferta a gente vai ... a gente vai olhar para o lado do que, da oferta, né? E conectividade, ai sim", disse.
O presidente brasileiro não quis comentar sobre o conteúdo do encontro com os executivos da Huawei.
"Ele não mostrou proposta, ele mostrou como está a empresa no Brasil", completou.
Durante a visita a Pequim, Bolsonaro tinha dito que preferia não se posicionar sobre a disputa comercial entre China e EUA e aguardaria a melhor oferta.
Além da viagem à China, Bolsonaro também se reuniu com o presidente chinês, Xi Jinping, durante a 11ª Cúpula do BRICS, em Brasília, na semana passada.