A Marinha dos EUA enviou o destróier de mísseis USS McCampbell através do estreito de Taiwan, uma semana antes da posse de Tsai Ing-wen para seu segundo mandato como presidente de Taiwan, e enquanto a China conduz exercícios navais com fogo real na costa norte.
Segundo o Ministério da Defesa de Taiwan, o destróier da classe Arleigh Burke atravessou o estreito que separa Taiwan da parte continental da China de norte a sul "em uma missão de rotina".
Por sua vez, a Frota do Pacífico dos EUA compartilhou imagens da passagem do destróier pela região, o sexto a navegar pelo estreito neste ano.
Marinheiros dos EUA vigiam a bordo do USS McCampbell enquanto o destróier de mísseis guiados seguia adiante pelo estreito de Taiwan nesta quarta-feira (13).
Especialistas consultados pelo South China Morning Post sugerem que a medida foi uma resposta à crescente atividade militar de Pequim na região.
O Exército chinês organizou uma série de manobras militares, incluindo sobrevoos e passagem de navios de guerra através do estreito nos últimos meses.
As embarcações norte-americanas "patrulham" frequentemente o estreito, bem como os mares do Sul da China e da China Oriental, alegando a necessidade de proteger a "liberdade de navegação".
Pequim por sua vez, classifica as ações da Marinha dos EUA como uma violação de sua soberania, já que o gigante asiático considera Taiwan como parte de seu território.
A manobra norte-americana também ocorre em um momento de tensões com a China, pois Washington acusa Pequim de reter informação sobre o SARS-CoV-2, bem como de falta de cooperação, enquanto o país asiático insiste que forneceu informação à comunidade nacional de maneira "adequada, aberta e transparente".