A decisão ocorreu depois que dois órgãos consultivos franceses e a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertaram nesta semana que o medicamento - um tratamento para a artrite reumatóide e lúpus - mostrou ser potencialmente perigoso em vários estudos.
França suspende uso de hidroxicloroquina em casos de COVID-19, diz governo
A urgência da pandemia levou alguns médicos a prescrever o medicamento, apesar da falta de estudos que demonstrassem sua eficácia contra o novo coronavírus.
A hidroxicloroquina é normalmente usada para tratar doenças autoimunes, enquanto a cloroquina é geralmente usada contra a malária.
A medida coincide com a decisão da OMS, do dia 25 de maio, de suspender temporariamente os testes clínicos do medicamento para revisar a segurança do tratamento, enquanto estudos recentes sugerem que o medicamento aumenta o risco de morte para os infectados pelo coronavírus, comunicou a agência de notícias.
A decisão foi tomada no âmbito do projeto Solidariedade, iniciativa internacional da OMS que busca tratamentos para a COVID-19.
Além da França, hospitais na Suécia também interromperam o uso da cloroquina em pacientes infectados com o coronavírus, em consequência de relatos de graves efeitos colaterais - como arritmias cardíacas e perda de visão periférica, segundo o site da UOL.
Apesar da recomendação, o Ministério da Saúde do Brasil declarou que não vai mudar sua recomendação para tratar o novo coronavírus com hidroxicloroquina. A diretriz do ministério recomendou que os médicos do sistema público de saúde prescrevam a cloroquina ou hidroxicloroquina desde o início dos sintomas do COVID-19.