Na última lista de militares mortos divulgada por Nagorno-Karabakh havia 207 nomes. Hoje (5), uma nova relação foi publicada com 21 pessoas.
No dia 27 de setembro, os enfrentamentos armados voltaram a explodir em Nagorno-Karabakh. O território está no centro do conflito entre Armênia e Azerbaijão desde que o mesmo decidiu se separar da antiga República Socialista Soviética do Azerbaijão em 1988.
Baku insiste em manter sua integridade territorial, enquanto Erevan defende os interesses da república autoproclamada, cuja população é majoritariamente armênia e não faz parte das negociações.
Na tentativa de se chegar a uma solução negociada para o conflito, foi criado, em 1994, o chamado Grupo de Minsk, que é liderado por EUA, Rússia e França.
Ambas as partes, que se acusam mutuamente de levar o conflito a uma escalada sem precedentes desde a guerra de 1992-1994, ordenaram a mobilização de reservistas, impuseram a lei marcial e travaram enfrentamentos com o uso de blindados, artilharia, aviação e sistemas de mísseis ao longo da linha que separa suas tropas.
No último dia 1º, EUA, Rússia e França exigiram o fim imediato das hostilidades em Karabakh e a reativação das negociações sem condições prévias.
Participação da Turquia nas negociações de paz
O presidente azeri, Ilham Aliev, disse hoje (5) que a Turquia deve ser parte das negociações para a solução do conflito em Nagorno-Karabakh. Ancara é um ator regional importante e aliado de Baku, mas também um rival histórico da Armênia.
Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev: Se nos forem concedidas as regiões ocupadas, a paz será alcançada. Necessitamos de garantias internacionais para o cessar-fogo.
"A Turquia deve certamente ser parte de um futuro processo de paz. A Turquia é um ator regional importante e um vizinho de Azerbaijão e Armênia. Eu acredito que a Turquia terá um papel muito importante no processo de paz", disse Aliev à emissora turca TRT Haber.
Além disso, o governante azeri afirmou que um cessar-fogo em Karabakh só será possível com a "retirada das tropas armênias".