Ex-líder de grupo terrorista não vê com bons olhos eventual saída dos EUA de acordo com Talibã

Ex-líder afegão dos Mujahideen (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países), Gulbuddin Hekmatyar, critica os Estados Unidos por sua tentativa de encerrar o acordo de paz entre os EUA e os talibãs.
Sputnik

No domingo (14), Gulbuddin Hekmatyar, criticou os Estados Unidos no que chamou de tentativa de saída do acordo de paz assinado com o Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) em Doha, Qatar, em 2020, segundo informou a agência Anadolu.

Discursando em reunião na sede de seu partido na capital Cabul para comemorar o 32º aniversário da retirada de tropas soviéticas no Afeganistão, Hekmatyar advertiu o presidente dos EUA, Joe Biden, contra retroceder no acordo assinado em fevereiro de 2020 pelo seu antecessor, Donald Trump.

"Biden não pode ganhar com a continuação da guerra no Afeganistão e não pode obrigar o Talibã a violar o acordo de paz", disse ex-líder afegão.

Atualmente, Gulbuddin Hekmatyar, é o chefe do partido político afegão Hezbi Islami, o qual fundou. Ele liderou combatentes Mujahideen durante a guerra contra a missão soviética no Afeganistão nos anos 1980, e desempenhou o cargo de primeiro-ministro nos anos 1990.

Hekmatyar afirmou que o governo afegão também não cumpriu suas promessas, como a liberação de afiliados do partido e sua incorporação ao governo.

O líder avisou sobre um possível cercamento do palácio presidencial se suas demandas não forem atendidas, acrescentando que algumas pessoas no governo pretendem sabotar o acordo de paz entre os Estados Unidos e o Talibã.

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, reduziu significativamente o número de tropas norte-americanas no Afeganistão. No entanto, a nova administração de Joe Biden, afirma ter planos de rever o acordo, citando o aumento da violência no país. O acordo exige a retirada de todas as tropas estrangeiras em troca de garantias de segurança pelo Talibã.

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