Corte nos EUA remove proibição de investimento na Xiaomi

Um juiz distrital de Washington, EUA, impediu que uma decisão do Departamento de Defesa dos EUA de janeiro, que restringiria a Xiaomi, tivesse efeito, uma ação saudada pela empresa chinesa.
Sputnik

Um juiz federal dos EUA bloqueou temporariamente na sexta-feira (12) uma decisão de janeiro de 2021 da administração de Donald Trump, então presidente norte-americano, que forçava cidadãos do país a vender seus interesses na empresa chinesa Xiaomi até o fim do domingo (14), conforme relatado pela agência Reuters.

Rudolph Contreras, juiz distrital em Washington, disse que o tribunal "conclui que os réus [Departamento da Defesa dos EUA] não provaram que os interesses de segurança nacional em jogo aqui são convincentes", comentando que a Xiaomi não é efetivamente controlada ou associada a terceiros sob propriedade ou controle do governo chinês ou seus serviços de segurança.

A deliberação de janeiro acusava a empresa de smartphones de ter ligações ao Exército de Libertação Popular (ELP) da China. O próprio Departamento de Defesa não deu à Reuters uma resposta imediata à nova decisão.

Por sua vez, um porta-voz da Xiaomi elogiou em declarações ao jornal Global Times a decisão de Contreras, chamando de "arbitrário e caprichoso" o parecer de janeiro, dizendo que a empresa é "largamente detida, de capital aberto, administrada de forma independente", e que oferece produtos somente para uso civil e comercial.

"A Xiaomi planeja continuar solicitando que o tribunal declare a designação ilegal e retire permanentemente a designação", referiu. No fim de janeiro a empresa de smartphones apelou a uma corte norte-americana para ser removida da lista.

Comentar