O advogado do líder filipino, Salvador Panelo, caracterizou a presença prolongada de embarcações chinesas perto de território disputado no mar do Sul da China como uma mancha indesejada nas relações entre Pequim e Manila, por arriscar "hostilidades indesejadas que ambos os países prefeririam não ter de levar adiante", citado pela Reuters.
Segundo Panelo, a China e as Filipinas podem "negociar em termos de preocupações e benefícios mútuos, mas não se enganem [China] – a nossa soberania não é negociável".
O porta-voz de Duterte, Harry Roque, ecoou declarações da mesma natureza, dizendo em uma coletiva de imprensa que "nós não desistiremos de um único centímetro de nosso território nacional ou de nossa zona econômica exclusiva", citado pela Reuters.
Declarações como essas são bastante fortes, tendo em conta que, apesar de diplomatas e generais filipinos terem reagido mais adversamente com relação à China ultimamente, Duterte chegou a afirmar inúmeras vezes que não faria sentido desafiar Pequim e correr o risco de iniciar uma guerra.
No entanto, a presença de mais de 200 embarcações e sua lenta retirada de perto do recife de Whitsun fez Manila se sentir ameaçada e desrespeitada por Pequim.
A embaixada da China em Manila, até agora, ainda respondeu a nenhum pedido de comentário sobre a situação.