Manhã com Sputnik Brasil: destaques desta segunda-feira, 20 de dezembro

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin se encontraram em um jantar em São Paulo na noite de domingo (19). Recentemente, Alckmin admitiu a possibilidade de ser candidato a vice-presidente na chapa de Lula. Por sua vez, o ex-presidente discursou no evento de domingo e falou que ainda não há definição sobre 2022, mas ressaltou que a tarefa de recuperar o Brasil não é de uma pessoa sozinha, e que é preciso alianças. Até agora, toda a movimentação em torno da possível aliança entre os dois ocorreu nas entrelinhas, com declarações públicas amigáveis de ambos os lados, mas sem uma aproximação real.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) escolheu a sigla pela qual vai concorrer à presidência recentemente, mas ainda não definiu quem será seu vice, e diferente do seu opositor nas urnas, o ex-presidente Lula, ainda não começou a ventilar quem poderia ser sua aliança. No domingo (19), Bolsonaro afirmou que ainda vai escolher o vice-presidente, mas que pode até ser o próprio Hamilton Mourão. Segundo o presidente, o vice deve ser alguém com "conhecimento do Brasil" e que o ajude. "Não é fácil estar na presidência", acrescentou. Bolsonaro e Mourão demonstraram desarmonia desde a campanha presidencial de 2018, mas a tensão entre eles se acentuou durante o governo. Mourão afirmou que não sabe quem será o vice de Bolsonaro.

No domingo (19), o candidato de esquerda Gabriel Boric, de 35 anos de idade, foi eleito presidente do Chile. Em uma eleição marcada pela polarização política, Boric venceu o advogado José Antonio Kast, da ultradireita. Boric teve 55,9% dos votos, contra 44,1% de Kast. O novo presidente prometeu um sistema de saúde que "não discrimine entre ricos e pobres", um programa de cuidado para mulheres e "aposentadorias dignas". Com a vitória, o esquerdista levou ao poder uma nova geração de políticos que surgiram com as revoltas estudantis de 2011.

A Europa voltou a anunciar medidas para conter o aumento de casos da COVID-19 pela variante Ômicron. Nos Países Baixos, foi imposto um lockdown por três semanas, enquanto Paris cancelou a festa de Réveillon. Por sua vez, o prefeito de Londres afirmou que novas restrições são "inevitáveis". As medidas foram tomadas porque alguns países consideram que a nova variante da COVID-19 se tornará dominante no próximo mês. As restrições se manterão até o dia 14 de janeiro. Todas as lojas não essenciais, restaurantes, bares, cinemas, museus e teatros deverão ser fechados.

O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte acusou no domingo (19) os EUA de minarem e perturbarem a paz mundial, em referência ao último voo de um avião de reconhecimento norte-americano sobre as águas do mar Negro. O ministério destacou que "os atos provocativos realizados pelos EUA nas áreas da fronteira russa, com o objetivo de isolar e enfraquecer a Rússia e continuar apertando o cerco à volta da Rússia, será um convite a contramedidas fortes pela Rússia". Em 3 de dezembro, dois aviões comerciais, um fazendo a rota entre Tel Aviv e Moscou, e outro efetuando um voo entre Sochi, Rússia, e Skopje, Macedônia do Norte, seguiram as instruções do controle de tráfego aéreo e mudaram sua rota sobre o mar Negro para evitar uma aproximação perigosa com uma aeronave de reconhecimento dos EUA.

O multimilionário japonês Yusaku Maezawa, seu assistente Yozo Hirano e o cosmonauta russo Aleksandr Misurkin retornaram à Terra esta segunda-feira (20) a bordo da espaçonave russa Soyuz MS-20 após passarem 12 dias na Estação Espacial Internacional. Maezawa e Hirano foram os primeiros turistas espaciais que pagaram sua viagem para visitar a estação desde 2009. Por várias semanas, os dois japoneses treinaram na Cidade das Estrelas, instalação construída perto de Moscou na década de 1960 para treinar futuras gerações de cosmonautas. Esta missão, que foi organizada pela Roscosmos em colaboração com a empresa norte-americana Space Adventures, marcará o regresso da Rússia ao turismo espacial.