Propagação e combate à COVID-19

Governo da Espanha propõe tratar COVID-19 como endemia

Os comentários foram feitos pelo primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, durante entrevista em programa de rádio no início da semana.
Sputnik

"É um debate necessário, a ciência nos deu a resposta para que consigamos nos proteger [...] Nós temos que avaliar a evolução da COVID-19 de uma pandemia para uma doença endêmica", disse Sánchez durante entrevista à rádio Cadena Ser nesta segunda-feira (10).

O primeiro-ministro disse ainda que talvez precisemos analisar "com precaução" a maneira como avaliamos a COVID-19 e até usarmos parâmetros diferentes dos atuais.
Nas últimas semanas o governo da Espanha começou a trabalhar em um novo sistema de monitorização da pandemia e, de acordo com Sánchez, a nova proposta já foi apresentada para outros países da Europa.
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Durante a entrevista, Pedro Sánchez também criticou a direita e a ultradireita espanholas, culpando-os por atrasos no avanço do país. Ele também garantiu a volta às aulas presenciais em 2022 e anunciou a compra de antivirais.

"O governo da Espanha vai fazer uma compra dos antivirais COVID-19 que a Pfizer está fabricando. A Espanha vai comprar 344 mil doses no mês de janeiro", afirmou o primeiro-ministro.

De acordo com dados do ensaio clínico da Pfizer, o antiviral tem eficácia de 90% na prevenção de hospitalizações e mortes em pacientes com alto risco de desenvolver a forma grave da doença e dados laboratoriais sugerem que a droga mantém a eficácia contra a Ômicron.
Segundo dados do Ministério da Saúde, a Espanha registrou mais de 692 mil novos casos na semana passada e 13,4% das camas de hospital estão ocupadas por pacientes infectados com COVID-19. Na mesma época do ano passado o número de leitos ocupados pela pandemia era semelhante, de 13,8%, mas o número de infectados era menor, na casa dos 115 mil.
Os comentários do líder espanhol foram feitos um dia antes da Organização Mundial da Saúde realizar uma coletiva de imprensa on-line para atualizar a situação da pandemia, traçar metas e ajudar os países e a população a encararem os novos desafios apresentados pela variante Ômicron.
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