"A China continuará comprando ativamente gás natural, o que preservará o seu nível de preços. Além do mais, se as fábricas chinesas se defrontarem com um déficit da energia elétrica, os preços mundiais do aço e alumínio podem crescer de forma significativa", escreveu o titular em sua coluna na revista Energeticheskaya Politica.
Novak ressaltou que a China, a maior compradora mundial de gás natural, no final do ano passado enfrentou a ameaça de falta de recursos energéticos. Os depósitos de gás no país asiático, de acordo com suas palavras, estão sendo preenchidos a ritmos muito lentos, uma vez que as autoridades introduziram restrições ao uso de energia proveniente de outros combustíveis fósseis.
As restrições e a falta de eletricidade atingiram 20 regiões, cuja contribuição total à economia chinesa constitui aproximadamente 66% do PIB. Isso resultou na queda abrupta da produção industrial no país.
"Portanto, as restrições ao uso da energia elétrica, obtida com produção de carbono, pode afetar negativamente as cadeias de suprimentos de commodities, e também provocar uma oferta insuficiente no mercado e posterior alta nos preços dos produtos finais", detalhou o vice-premiê.
Nord Stream 2 pode estabilizar mercado da Europa
Aleksandr Novak também abordou o assunto do gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2), promovido pela Rússia e cuja construção terminou no ano passado. Segundo ele, a sua entrada em funcionamento poderia promover a estabilização do mercado de gás na Europa, bem como levar à redução das emissões de carbono.
Conforme escreve, "a utilização, por exemplo, de 55 bilhões de metros cúbicos de gás do Nord Stream 2 para gerar energia elétrica permitiria à União Europeia reduzir o volume total das emissões de carbono em 14%, ou seja, um volume anual de emissões equivalente a cerca de 30 milhões de carros médios".