A OTAN decidiu aumentar sua presença militar no Leste Europeu próximo à Rússia e à Ucrânia com reforços defensivos aéreos e terrestres. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (24) durante reunião dos embaixadores da aliança em Bruxelas, após o início da operação militar russa na Ucrânia.
"Hoje nós realizamos consultas no âmbito do Artigo 4 do Tratado de Washington [...] Decidimos, em linha com o nosso planejamento defensivo para proteção de todos os aliados, tomar medidas adicionais para fortalecer ainda mais a dissuasão e a defesa em toda a aliança. Nossas medidas são e permanecem preventivas, proporcionais e não escalatórias", informou a OTAN em comunicado.
O ministro das Relações Exteriores da Eslováquia, Ivan Korcok, afirmou nesta quinta-feira (24) que a OTAN pretende criar estruturas semelhantes às existentes nos Países Bálticos em todo o flanco leste, incluindo a Eslováquia.
De acordo com informações divulgadas pela Reuters, a Eslováquia pretende enviar 1.500 soldados para a fronteira com a Ucrânia para auxiliar os refugiados. Ivan Korcok disse que a Eslováquia concordou em "começar a planejar tais passos que sejam necessários para defender a aliança e a Eslováquia".
"Nós estamos enviando forças defensivas adicionais aéreas e terrestres para a parte leste da aliança, assim como ativos marítimos adicionais", informaram embaixadores da OTAN.
O Ministério do Interior da Eslováquia também informou que está preparado para aumentar o número de postos de passagem entre os dois países.
Cúpula da OTAN
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, disse que ele e o presidente da França, Emmanuel Macron, querem realizar a cúpula presencial da OTAN o mais rápido possível. No entanto, ainda não está claro quais países vão estar fisicamente na reunião e quais participarão virtualmente.
A cúpula foi marcada para esta sexta-feira (25), mas ainda não foi divulgado o horário em que será realizada.