"Nas circunstâncias atuais, no interesse dos cidadãos da Ucrânia, Zelensky deve procurar todas as oportunidades para as negociações. Mas em vez de participar nelas [ele] busca justificativas", escreveu Volodin em sua conta no Telegram.
O parlamentário russo observou que por parte de Zelensky isto é um crime contra o povo da Ucrânia e a comunidade mundial.
O presidente da Duma considera que um dos erros do líder ucraniano foi sua falta de vontade para iniciar um diálogo construtivo com as repúblicas populares de Donbass, o que levou a consequências trágicas.
"Em vez disso ele [Zelensky] preferiu o genocídio de muitos anos contra milhões de habitantes das regiões outrora ucranianas. O resultado é conhecido. Os cidadãos de Donbass solicitaram o reconhecimento da soberania e decidiram construir sua vida de forma independente, sem Kiev. A culpa de Zelensky nisso é óbvia", acrescentou.
Volodin recordou que neste domingo (27) Moscou propôs a Kiev realizar negociações em Gomel – "cidade escolhida pelo lado ucraniano".
"Mas Zelensky novamente, tal como aconteceu com a RPD [República Popular de Donetsk] e RPL [República Popular de Lugansk], sob vários pretextos ele se afasta delas [negociações]. Anteriormente já era claro que Zelensky não é uma pessoa independente, que ele foi colocado no poder por Washington. O atual conflito é necessário e favorável para os EUA, que têm vindo a encher a Ucrânia com armas, fazendo tudo para que tenha sido criada a situação atual", ressaltou político russo.
"Zelensky não precisa de paz. As consequências são óbvias. Se ontem Zelensky perdeu Donbass por causa de sua posição, hoje ele pode perder a Ucrânia", concluiu Volodin.
Na madrugada da quinta-feira (24), o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma operação especial militar na região de Donbass. A operação foi deflagrada após pedido de assistência militar feito pelas recém-reconhecidas repúblicas populares de Lugansk e Donetsk.
Segundo o governo russo, os ataques têm como objetivo desmilitarizar a Ucrânia e combater a presença de neonazistas no país, garantindo a segurança da região de Donbass e da Rússia.
Segundo o governo russo, os ataques têm como objetivo desmilitarizar a Ucrânia e combater a presença de neonazistas no país, garantindo a segurança da região de Donbass e da Rússia.