Os antigos artífices usavam o local principalmente para a fabricação de ânforas, grandes recipientes de cerâmica usados para o armazenamento e transporte de mercadorias, como óleo e grãos, de acordo com o Centro de Pesquisa de Arte Clássica da Universidade de Oxford.
Especialistas do Egito, em conjunto com o Ministério do Turismo e Antiguidades egípcio descobriram uma série de estruturas no local, incluindo uma oficina contendo vários fornos. Dois deles eram esculpidos na rocha e um permanece em excelentes condições, de acordo com o comunicado do ministério.
Oficina de cerâmica romana antiga descoberta no Egito
Na era bizantina (de 330 a 1453 d.C.), muito tempo depois que a produção de cerâmica terminou no local, os edifícios foram provavelmente usados para outro propósito: a produção de cal, afirmou Mustafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, citado pelo portal Live Science.
Os arqueólogos também descobriram sepulturas, com cavidades de enterro escavadas na rocha, sugerindo que o local foi usado mais tarde como cemitério durante o período medieval. Uma das sepulturas continha os restos mortais de uma mulher grávida.
Foi achada também no local uma sala de armazenamento, com utensílios de cozinha. Outra sala descoberta tem uma plataforma elevada e restos de estátuas de terracota, indicando que provavelmente era usada para rituais.
O local é datado do início do período do Egito Romano, que começa em 30 d.C., na sequência da derrota de Antônio e Cleópatra pelo futuro imperador romano Otaviano. Após a conquista romana, o Egito se tornou uma próspera província romana, que abastecia o resto do Império Romano com uma variedade de produtos artesanais, incluindo cerâmica.
A equipe arqueológica também desenterrou uma série de itens menores no local, como pequenas estatuetas, ossos de animais e uma série de moedas aparentemente com as efígies de Cleópatra e Alexandre, o Grande. Entre os itens descobertos também estavam ganchos de pesca e uma âncora de um barco.