O diplomata sublinhou que a situação na Ucrânia e a imagem da Rússia como ameaça são utilizadas pelos círculos governamentais dos EUA para "distrair a atenção dos eleitores de suas próprias falhas na administração" e dos problemas internos dos Estados Unidos.
"Tudo isso sugere que o conflito ucraniano foi deliberadamente provocado pelo Ocidente. Um país vizinho está sendo usado como aríete militar contra nós", diz o comunicado de Antonov, publicado pela embaixada no Telegram.
O embaixador ainda ressaltou que, por trás das ações de Washington, está sua intenção de arrastar a operação especial russa na Ucrânia por todos os meios e causar o maior dano possível à Rússia.
Ao comentar o desejo da Casa Branca de pedir ao Congresso mais dinheiro para garantir um fluxo regular de armas para a Ucrânia, Antonov perguntou se não seria melhor "utilizar esses recursos para os americanos comuns que sofrem o impacto da inflação?"
"Claramente, por trás das ações de Washington há um desejo de prolongar a operação especial russa por qualquer meio, tentando infligir o máximo dano à Rússia e lutar até o último ucraniano", de acordo com suas palavras.
Na opinião do embaixador, os EUA querem preservar um foco de instabilidade na Europa, "reunir assim em torno de si os aliados ocidentais a fim de manter a posição dos Estados Unidos na arena mundial".
Recentemente, o presidente americano, Joe Biden, informou ter pedido ao Congresso recursos adicionais para ajuda militar à Ucrânia. Na última quinta-feira (21), ele anunciou uma assistência militar para Kiev de US$ 800 milhões (R$ 3,9 bilhões).