Segundo o CEO da corporação austríaca OMV, Alfred Stern, a proibição do combustível russo resultaria em uma crise na indústria europeia e em sua economia.
"Acho que hoje não estamos prontos para um embargo. A menos que estejamos prontos para aceitar as consequências. Porque uma coisa precisa ser claramente entendida: nosso suprimento de gás não é fornecido por nossa própria produção na Europa, mas por suprimentos da Rússia. Criamos uma força-tarefa sobre gás para ver como podemos contribuir com as entregas", disse Stern ao jornal Kurier.
A declaração acontece um dia depois de a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciar que o bloco planeja impor uma nova rodada de sanções contra Moscou, incluindo um embargo às importações de petróleo russo na Europa. No entanto, os representantes europeus não chegaram a um acordo sobre possíveis restrições.
Anteriormente, o presidente francês Emmanuel Macron também abordou possíveis sanções ao fornecimento de petróleo e gás da Rússia para a Europa, dizendo que não estão sendo consideradas no momento.
Nos últimos meses, os países europeus impuseram várias rodadas de sanções contra a Rússia, citando a operação militar especial na Ucrânia. Como resposta, em abril o presidente Vladimir Putin assinou um decreto determinando que todos os contratos de entrega de gás de gasoduto para empresas de "nações hostis" devem ser pagos na moeda nacional russa.
Em 27 de abril, a gigante russa de energia Gazprom suspendeu o fornecimento de gás sob contratos com a empresa búlgara Bulgargaz e a polonesa PGNiG devido à rejeição do novo procedimento de pagamento.