"Já que a perda dos volumes russos no mercado petrolífero já bem tenso resultará na alta dos preços dos recursos energéticos, eventualmente Moscou pode ganhar ainda mais do que sem embargo imposto. Um preço mais alto compensa neste caso um menor volume", escreve o jornalista.
Ele ressalta que a planejada aplicação do embargo contra o combustível russo apenas aumentará ganhos para Moscou. Nesse desenvolvimento dos eventos, os preços crescerão em um momento, mas a Rússia continuará por algum tempo fornecendo à Europa um petróleo mais caro, esclarece Hosp.
Além do mais, acrescenta ele, a China e a Índia também serão beneficentes dessa situação porque poderão receber o petróleo russo por um preço mais barato.
Após o presidente Vladimir Putin ter anunciado o início da operação especial na Ucrânia, os países do Ocidente reforçaram a pressão sancionatória sobre Moscou. Muitos países anunciaram o congelamento dos ativos russos, enquanto cada vez mais surgem apelos de reduzir a dependência dos recursos de energia russos.
Agora, a Comissão Europeia discute o sexto pacote de restrições que prevê inclusive uma recusa gradual da importação do petróleo russo. Porém, vários países como Hungria, Eslováquia, Bulgária e República Tcheca exigem exceções para si, enquanto para o pacote ser aprovado, precisa de votação unânime de todos os membros da união.