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Pequim desencoraja elite de comprar ativos no estrangeiro para a proteger de sanções, diz WSJ

Segundo relatos da mídia, o Partido Comunista da China, buscando proteger a elite governante de possíveis ações ocidentais semelhantes às impostas à Rússia devido ao conflito ucraniano, emitiu uma diretiva desencorajando a compra de ativos no estrangeiro por altos funcionários.
Sputnik
A nova política bloqueará também promoções dos representantes da elite do partido que tenham significativas propriedades fora do país, informou ontem (19) o Wall Street Journal, citando fontes sob anonimato familiarizadas ao assunto. A restrição vai se aplicar não apenas aos ativos de propriedade direta e indireta dos próprios altos funcionários do partido, mas também dos detidos pelas suas mulheres e filhos.
Relata-se que o Departamento da Organização Central do partido chinês emitiu a nova restrição de investimento em instituições financeiras no estrangeiro. Por exemplo, um filho em idade universitária de um líder seria capaz de manter uma conta em um banco local enquanto frequentava uma universidade estrangeira, mas ele ou ela não seria autorizado a guardar dinheiro em Cingapura ou na Suíça.
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Anteriormente, o presidente chinês Xi Jinping protestou contra a corrupção e exibições de riqueza pelos funcionários do Partido Comunista. Um relatório de 2014, citando registros vazados, alegou que parentes próximos das elites do partido, incluindo o filho do ex-primeiro-ministro Wen Jiabao e um cunhado de Xi, supostamente criaram corporações no exterior para esconder seus ativos.
Os EUA e seus aliados impuseram sanções severas para punir e isolar a Rússia pela ofensiva na Ucrânia. Algumas das medidas visaram indivíduos, incluindo funcionários do Kremlin e grandes empresários.
O presidente Joe Biden tem procurado maneiras de vender os bens confiscados dos russos, como iates e imóveis, para que o dinheiro possa ser usado para ajudar a financiar a reconstrução da Ucrânia. Um projeto de lei aprovado no mês passado na Câmara dos Representantes dos EUA pede a liquidação de tais ativos para alocar dinheiro para a ajuda a Kiev. Enquanto isso, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse na quarta-feira (18) que não seria legal para os Estados Unidos apreender ativos congelados do Banco Central russo para esse propósito.
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