"Sabemos que nossos amigos ocidentais têm muitas fobias, muitos complexos. Eles têm um complexo de superioridade, o complexo de infalibilidade, e acredito que eles também têm alguma paranoia", ponderou Lavrov.
"Qualquer processo que não inclua o Ocidente, que o Ocidente não controla, eles entendem como oposição, um desafio ao seu domínio", explicou o chanceler russo, referindo-se a vários grupos e organizações de integração econômica regional em que a Rússia participa. "Está na hora de eles largarem esse hábito."
O comentário surgiu após Lavrov defender a oposição de Moscou aos EUA e seus aliados, a quem a Rússia acusa de impor a vontade deles sobre outras nações através de métodos inescrupulosos.
A vontade de punir a Rússia com sanções econômicas e isolamento diplomático em resposta à operação na Ucrânia, na qual Washington deseja a participação de todo o mundo, é o mais recente exemplo de imposição de vontade.
"A insolência da aliança anglo-saxônica não tem limites, e encontramos confirmação disso todos os dias", observou Lavrov.
"O Ocidente envia seus enviados e emissários todos os dias para cada capital sem exceção […] para distribuir ultimatos e chantagear", disse Lavrov em entrevista.
De antemão, Rússia vê com agrado que a maioria das nações da Ásia, África e América Latina está resistindo à pressão do Ocidente.
"Essas nações não querem comprometer sua dignidade e correr como meninos servos fazendo as tarefas em nome do [Ocidente]", afirmou o chanceler russo.
A atitude do Ocidente não é nada nova, não passa de uma versão moderna do colonialismo europeu, acrescentou.