Panorama internacional

Belgrado: países ocidentais querem que a Sérvia 'os absolva dos crimes que cometeram'

A Sérvia "não está interessada em participar dos conflitos" entre grandes potências, e não quebrará seus laços com a Rússia, declarou o ministro do Interior sérvio.
Sputnik
Aleksandar Vulin, ministro do Interior da Sérvia, disse no domingo (12) que o Ocidente procura que a Sérvia o "absolva" de seus crimes exortando o país a introduzir sanções contra Moscou por sua operação militar especial na Ucrânia.
O alto responsável sérvio falou em entrevista ao jornal sérvio Novosti que ao longo da história sempre se esperou que os sérvios "fizessem algo pelos outros e descurassem seus próprios interesses", e por isso Belgrado não está interessada em reduzir a cooperação com a Rússia.
Segundo ele, "do século XIX até hoje, os sérvios não conseguiram resolver nenhuma questão-chave nacional sem o envolvimento ativo e muitas vezes muito caro da Rússia".
"A Sérvia não está interessada em participar dos conflitos dos grandes [países], e não está interessada em diminuir a proximidade e a cooperação com a Rússia e sua liderança", sublinhou Vulin, afirmando que o Ocidente sabe que se Belgrado decidisse seguir suas exigências e sancionasse Moscou, isso não teria muito efeito sobre a Rússia do ponto de vista econômico, mas seria um "golpe forte no sentido moral".
Na opinião do ministro do Interior sérvio, os EUA e seus aliados "têm tudo menos moral e força de princípio", e por isso querem que Belgrado "os absolva dos crimes que cometeram e dos pecados de violação do direito internacional".
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"Toda a histeria antirrussa é sempre antissérvia", disse, e elogiou a política de Aleksandar Vucic, atual presidente da Sérvia, que demonstra "uma força que supera a posição do presidente de um país pequeno".
Ele também lembrou que nem a Rússia nem a China alguma vez pediram à Sérvia que implementasse medidas restritivas contra os EUA ou a UE, ou que aceitasse sua escolha "como sua própria".
Sobre o conflito na Ucrânia, Aleksandar Vulin crê que "uma derrota para a Rússia não seria uma vitória para a Sérvia e seria sentida com toda sua força em todas as posições da Sérvia, como sempre aconteceu".
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