"[A situação na Ucrânia] pelo menos por enquanto, também vai enterrar os sonhos de autonomia estratégica que a União Europeia tem alimentado ao longo dos últimos anos [...] O novo cenário faz com que a União Europeia tenha de procurar um novo quadro de segurança, que a curto prazo só a OTAN e seu aliado principal, os Estados Unidos, podem oferecer", afirma o jornal.
A edição salienta que, tomando em conta a futura adesão da Finlândia e Suécia à aliança, 97% por cento da população da União Europeia passa a estar sob o "escudo militar e nuclear da OTAN".
Ao mesmo tempo, os "atritos" entre a UE e a OTAN são inevitáveis, como demonstra o fato de elas estarem há mais de seis meses tentando acordar uma declaração conjunta para atualizar as condições de sua coexistência.
Moscou tem destacado repetidamente que a aliança visa o confronto com a Rússia. Como salientou o porta-voz do presidente russo Dmitry Peskov, a futura expansão do bloco não trará mais segurança à Europa. No entanto, ele não considera a adesão da Suécia e Finlândia à aliança como uma ameaça existencial para Moscou. O presidente russo, Vladimir Putin, disse ainda que abandonar a política tradicional de neutralidade militar de Helsinque seria um erro, pois não há ameaças à Finlândia.