"Infelizmente, até agora nenhum navio com grãos chegou aos países famintos da África. Eles vão principalmente para os portos ocidentais, e a maior parte das cargas não é trigo, mas milho e óleo de girassol, o que põe em questão a sinceridade das afirmações expressas no Ocidente de que a segurança alimentar mundial depende do acordo de grãos", observou o diplomata.
Em relação aos recentes ataques das tropas ucranianas à usina nuclear de Zaporozhie, Nechaev declarou que os bombardeios de Kiev das instalações da usina são um ato de terrorismo nuclear.
"Nos últimos dias, unidades ucranianas bombardearam várias vezes o território da usina nuclear de Zaporozhie, sendo um ato de terrorismo nuclear. Tais ações do regime de Kiev podem levar a uma catástrofe em uma escala maior do que as consequências do acidente na usina nuclear de Chernobyl", frisou o vice-diretor do departamento do MRE russo.
Ele recordou que hoje (11), por iniciativa da Rússia, será realizada uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre os ataques à referida usina nuclear.
Moscou espera que a comunidade internacional e as entidades internacionais relevantes prestem devida atenção à situação em torno da usina, acrescentou o diplomata russo.
Nechaev informou aos jornalistas em briefing que a decisão dos EUA de fornecer outro pacote de assistência militar à Ucrânia apenas prolonga as hostilidades e não contribui para a resolução do conflito.
Por fim, ele afirmou que não está sendo cumprido o avanço dos produtos russos para os mercados mundiais, conforme estabelecido nos acordos de Istambul, e Rússia espera que esta parte do acordo seja implementada.
"Lembramos que o pacote de documentos assinados em Istambul há uma semana e meia incluiu acordos não apenas sobre a exportação de grãos dos três portos ucranianos, mas o avanço de alimentos e fertilizantes russos para os mercados mundiais, que atualmente não está sendo implementado", ressaltou.