Panorama internacional

Marine Le Pen aponta para estupidez da guerra energética contra a Rússia

A guerra energética contra a Rússia, em um momento em que a França exige desligar a calefação centralizada devido a um déficit de energia, é uma política mal concebida e estúpida, disse à rádio RTL a líder do Partido Reagrupamento Nacional francês, Marine Le Pen.
Sputnik
Le Pen enfatizou que os recursos energéticos são de "primeira necessidade" e que as sanções contra a Rússia não devem afetar a esfera energética.

"Não podemos conduzir uma guerra energética contra a Rússia quando nós próprios não temos energia. Isso é estúpido. As sanções impostas agora acarretarão consequências muito mais graves para o nosso próprio povo do que para o líder contra o qual essas sanções foram introduzidas", reclamou a política.

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Marine Le Pen salientou que os cortes de eletricidade planejados para o inverno na França são o resultado das políticas mal concebidas das autoridades atuais.

"Vivemos no século XXI, somos a sexta economia mundial, e as autoridades nos explicam que estamos voltando para a Idade da Pedra, porque não temos eletricidade, porque temos que viver reduzindo a calefação centralizada significativamente por os franceses jamais poderem pagar por ela – e acham que isso vai passar facilmente? Não, isso me indigna. Isso significa que nossos políticos são incompetentes e têm pouca visão política", sublinhou a líder da oposição francesa.

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Na quarta-feira (7), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentou propostas sobre um novo pacote sancionatório contra a Rússia. Nele, planeja-se, entre outras, introduzir medidas adicionais contra o setor energético russo, incluindo a proibição de investimentos na indústria de mineração.
As sanções petrolíferas dos países ocidentais entraram em vigor em 5 de dezembro. A União Europeia deixou de receber petróleo russo transportado por via marítima. Além disso, os países do G7, a Austrália e a UE impuseram restrições de preços de compra do petróleo russo ao nível de 60 dólares (R$ 312) por barril, uma medida inédita de ser o comprador a fixar o preço e não o vendedor.
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